terça-feira, 23 de março de 2010

Itália e o meu desejo de ter um carro novo

Ok, eu adoro praticamente tudo o que seja Italiano. Desde a roupa à comida, do café à língua, de Rossini a Verdi, passando inevitavelmente pelos automóveis, eu adoro grande parte das coisas que são Italianas.
Um dos problemas de eu gostar tanto de Itália é que o meu conhecimento acerca do que é verdadeiramente bom (no que diz respeito a pizzas ou café ou gelados) cresceu de tal forma, que as pessoas que nunca lá estiveram pensam que eu exagero quando digo que as pizzas que eles tanto gostam não se comparam àquelas que comi em Itália. Eu bem digo que não é exagero e que se lá fossem também mudariam de opinião mas não adianta. O mesmo se passa com os gelados. Quem pensa que Häagen-Dazs ou Ben & Jerry's são os melhores gelados do mundo, tem de ir a Itália experimentar (nos sítios certos, obviamente). Não que estes gelados sejam maus (são muito bons quando comparados com o resto que aí anda) mas não se compara ao gelato italiano.

No entanto, no que toca a automóveis, a história é outra. Os automóveis italianos são famosíssimos por não serem fiáveis. São automóveis de uma beleza imensa (Alfa Romeo e Ferrari e até alguns Fiat e Lancia), mas nunca aconselharia ninguém a comprar um.
Só que eu não consigo funcionar racionalmente no que toca a carros. Para mim, um carro tem de me dizer algo, eu tenho de olhar para ele e ter como que um orgasmo psicológico a cada ângulo em que o visiono. Não precisa de ser o carro mais rápido do mundo. Precisa é de ser algo que me faça chegar ao destino... depressa. Precisa de ser algo em que eu me sinta confortável e que sinta prazer em estar dentro. Precisa de ter um sistema de som que seja capaz de furar tímpanos. Precisa de ter alma.

Por alguma razão inexplicável, eu sentia tudo aquilo que disse antes em relação ao carro que tenho. As pessoas que o conhecem, achariam isto ridículo porque ele não é nada de especial (em nenhum dos aspectos mencionados anteriormente). É estranho mas adorava lavar aquele carro e vê-lo a brilhar à luz do sol. Adorava arranjar as pequenas falhas que ele tinha de 15 em 15 dias. Adorava sentar-me nele e só ouvir música. Adorava conduzi-lo. Adorava-o. Mas ultimamente essa adoração desvaneceu-se e tornou-se em angústia. Ele está cada vez pior e eu estou, muito lentamente, a perder a paciência.

Muitos dizem que os carros Italianos são maus. O meu Pai é um acérrimo defensor desta ideia. Mas analisando todas as falhas que o meu carro tem (incluindo partir plásticos do habitáculo praticamente todas as semanas) será que os carros Italianos conseguem ser piores que o meu? Não, no máximo são iguais mas com a vantagem de serem mais bonitos e gastarem menos...

Olhem para isto, há lá coisa mais bonita que esta? É que só o facto de ter um nome ("Giulietta") e não um conjunto de números ou siglas ou seja lá o que for, dá-me arrepios. Depois a história que está por trás deste nome ainda me deixa mais extasiado. Depois há o raio do design Italiano... (suspiro)


Pai Natal, se me estiveres a ouvir, QUERO! QUERO MUITO!!!!

2 comentários:

ptbeer disse...

e o fiat uno?
isso sim...

Dianinha disse...

Eu de carros num percebo nada mas de gelados a Dianinha percebe! E confirma-se, não há nada como os gelados de Itália (até salivo só de pensar...)